Muitas pessoas têm interesse de começar a assistir filmes clássicos, um passo a ser dado por todos aqueles que se interessam por conhecer mais do cinema. Ter contato com obras mais antigas é uma interessante possibilidade de conhecer novos mundos, histórias, épocas, estilos e, principalmente, narrativas.
Porém, nem sempre é fácil começar a assistir filmes clássicos sozinho, já que é sempre necessário saber por onde iniciar, escolhendo obras que não sejam tão diferentes assim às do cinema moderno ou que conservem alguns elementos contemporâneos. Pensando nisso, fiz um vídeo para o meu canal, o 16mm, selecionando clássicos hollywoodianos que são uma boa porta de entrada para quem deseja entrar nesse mundo:
Vale destacar que só selecionei filmes hollywoodianos (e uma produção inglesa), já que o Brasil consome quase que integralmente o cinema dos Estados Unidos. Por isso, acredito que começar com obras de outras nacionalidades pode ser ainda mais complicado, enquanto as norte-americanas apresentam alguma similaridade com os longas atuais produzidos nessa mesma indústria. Considerei como “clássico” aqueles filmes feitos até a metade da década 1960, pois depois disso é instalada a Nova Hollywood, o grande movimento de modernização da história do cinema hollywoodiano.
Por mais que os streamings, sobretudo os mais populares, não apresentem tantos filmes mais antigos em seu catálogo, ainda assim, há serviços que vão na contramão e se diversificam bastante. Entre os mais conhecidos, temos HBO Max e Telecine Play contando com uma grande quantidade de grandes filmes clássicos, além de outros mais desconhecidos do grande público, como Belas Artes à la Carte e MUBI. Dessa forma, foi possível montar a lista apenas com obras que marcam presença em pelo menos um streaming, e isso está assinalado no vídeo.
Com isso, comecei a lista por “Psicose”, um dos filmes mais referenciados da história e que conta com alguns elementos bastante modernos, como a montagem de cortes rápidos e a subversão do real protagonista. Por ser um suspense, como quase todas as obras de Alfred Hitchcock, a imersão do espectador atual deve ser mais fácil.
Sob a mesma lógica, escolhi obras de outros gêneros que seguem atuais até hoje, como a comédia, a comédia física (pastelão), o drama de tribunal e o romance. A partir desses gêneros, selecionei filmes que apresentassem um ritmo mais dinâmico, já que a partir dos anos 1990 o cinema fica mais “rápido”, com mais cortes e acontecimentos dentro de uma obra, resultado do crescimento e da rivalização do cinema com a TV e os videoclipes.
“12 Homens e uma Sentença”, dinâmico filme de tribunal, “Aconteceu Naquela Noite”, comédia romântica vencedora de cinco Oscars, “Jejum de Amor”, comédia screwball muito rápida, “O Garoto”, um dos primeiros filmes de Charles Chaplin, e “Ser ou Não Ser”, divertido filme de humor simultâneo e inteligente, foram alguns desses filmes escolhidos.
O restante ficou a cargo de gêneros muito populares no cinema clássico, mas que são raros atualmente, como faroeste, musical e noir. Entretanto, dentro deles, selecionei obras mais acessíveis para o público contemporâneo. Entre eles, “Cantando na Chuva”, símbolo do musical clássico, “Sete Homens e um Destino”, faroeste que coloca pistoleiros para libertar uma aldeia de um bando assassino e explorador, e “O Terceiro Homem”, suspense criminal em tempos de pós-guerra.
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