“X: A Marca da Morte” é o novo filme de terror dirigido por Ti West, protagonizado por Mia Goth, e com Jenna Ortega no elenco.
O filme está disponível nos cinemas.
É Bom?
Na obsessão por fazer referências, “X” acaba por ser um slasher anti-slasher.
O novo longa de terror (ou terrir) da A24 não poupa comentários explícitos sobre o cinema, os filmes de slasher, o conservadorismo hipócrita de parte da sociedade e do próprio fazer cinematográfico. É um filme que se assume como filme desde o início e confronta o seu espectador, por meio da televisão, do filme amador dentro do filme, de diálogos ou de escolhas da mise en scène mais exageradas, ao modo maneirista, como o farol que se enche de sangue e torna toda a tela vermelha.
Como um filme moderno (ou pós-moderno), que comenta muito sobre o seu lugar no cinema e sobre o cinema em si e sua relação com o espectador, “X” funciona bem, sobretudo na sua relação com o ver e o ser visto.
Porém, o problema é que o longa, na ânsia de ser inteligente e fazer vários comentários, comete o erro de se colocar em uma posição de superioridade em relação ao subgênero em que está inserido e tem medo de sujar as mãos na hora de ser de fato um slasher.
Ou seja, é quase como se ele encarnasse essa aura da A24 de se achar “terror elevado”, só que ao invés de abraçar o drama (que funciona bem na maior parte das produções do estúdio), entrasse de cabeça em uma espécie de sátira autoconsciente. Mas, no momento de fazer aquilo que é a base do slasher, as mortes e a satisfação a partir delas, o filme derrapa pela falta de interesse.
Tudo que envolve o slasher e suas mortes é pra lá de morno, quase protocolar, apelando até para a arma de fogo pra acabar logo com aquilo que não é o verdadeiro interesse do longa.
Nota:
Assista ao trailer:
Ficha Técnica:
Título original: X
Data de lançamento: 11 de agosto de 2022
Direção: Ti West
Elenco: Mia Goth, Jenna Ortega
Gêneros: Terror, Comédia
Nacionalidade: EUA