“A Noite das Bruxas” transforma os filmes de Kenneth Branagh sobre histórias da Agatha Christie em um universo de whodunit, que deverá ir além desses três filmes.

O filme está disponível nos cinemas.

É bom?

“A Noite das Bruxas”, talvez o melhor dos três filmes desse universo, até é diferente do que o cinema mais popular de Hollywood tem feito, mas não deixa de mergulhar em uma fórmula própria. Ainda assim, essa fórmula traz uma visão de seu cineasta, aqui em um filme bem mais espacialmente restrito do que o anterior, apesar da hiperestilização.

Tal escolha funciona bem para adicionar essas pitadas de horror e desorientação, já que o foco é justamente questionar a racionalidade do protagonista. Aqui, Hercules Poirot segue rejeitando o sobrenatural, uma característica do personagem que havia concretizado esse senso de “real” dos filmes anteriores. Mas, aos poucos, o encenado (em uma conversa com o cinema) vai dando lugar a uma possível fantasia.

Esse confronto entre o que o personagem acredita e o que ele vê é o que Brannagh melhor transmite esteticamente, na desorientação dos planos tortos, distorção do close em grande angular e nas vozes de fundo.

Entretanto, ainda assim, ele tem a mesma dificuldade dos anteriores de fazer o cinematográfico inserir o espectador na trama. São poucas as soluções em que informações são reveladas pelo uso da linguagem audiovisual. Com isso, mais uma vez, o momento da revelação é enfraquecido pela ausência de informações prévias. Vira uma aulinha do detetive que não permitiu ao público ser detetive junto com ele.

A Noite das Bruxas Análise do Filme

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Assista ao trailer:

Ficha Técnica:

Título original: A Haunting For Venice
Data de lançamento: 14 de setembro de 2023
Direção: Kenneth Branagh
Elenco: Kenneth Branagh, Tina Fey, Michelle Yeoh
Gêneros: Mistério
Nacionalidade: EUA