“O Conde” é o novo filme do diretor chileno Pablo Larrain, uma sátira que coloca Augusto Pinochet como um vampiro que não consegue morrer e distribuído pela Netflix.

O filme está disponível no catálogo da Netflix

É bom?

“O Conde” se joga nas tendências mais recentes do “bom cinema”, mas cai em um marasmo hiperstilizado sem alma como o seu protagonista.

Vivemos a fase das sátiras políticas metidas a espertinhas, obras como “Triângulo da Tristeza”, “O Menu” e “Não Olhe Para Cima”, filmes que criticam problemas reais às custas da imbecilização desses vilões, mas com diretores que se colocam tanto em um pedestal que traem o próprio discurso ao tratar o espectador como idiota e incapaz de entender aquela crítica sem uma mar de piadas repetidas e explicadas.

O novo filme de Larraín se encaixa bem nessa tendência, mas sob uma hiperestilização típica do diretor e dessa visão de que o filme virtuoso é automaticamente superior. Entretanto, essa preocupação estética pouco funciona dramaticamente ou, principalmente, em sustentar sua sátira.

Pelo contrário, a estética não é só é vazia, como cria uma marasmo narrativo, um filme insosso, sem vida e que torna a experiência do espectador de difícil engajamento.

O Conde (Netflix) Análise do Filme

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Assista ao trailer:

Ficha Técnica:

Título original: El Conde
Data de lançamento: 15 de setembro de 2023
Direção: Pablo Larraín
Elenco: Jaime Vadell, Paula Luschinger
Gêneros: Terror, Sátira
Nacionalidade: Chile