“O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio” segue os eventos do segundo filme. Porém, dessa vez, um exterminador mais evoluído tem a missão de assassinar uma jovem. Enquanto isso, T-800, Sarah Connor e Grace tentarão salvá-la.
Mais do mesmo
“O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio” é mais uma sequência vazia e caça-níquel que Hollywood faz aos montes. Os dois primeiros filmes já tinham fechado com perfeição o arco de Sarah e John Connor. Depois disso, o diretor James Cameron perdeu o controle da franquia em uma disputa judicial. E foi só ladeira abaixo. O terceiro ainda funciona razoavelmente bem, o quarto é só um filme genérico de futuro distópico e o quinto é patético do início ao fim.
Quase 20 anos depois, a franquia volta para as mãos de Cameron. Enquanto ele produz o longa, Tim Miller (Deadpool) chega para a direção. Com o criador de volta e um bom diretor de ação, apenas uma boa ideia justificaria a continuação da franquia, certo?
Na verdade, não. “O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio” consegue trazer a mesma premissa e estrutura de quatro dos cinco filmes anteriores. Até a chegada dos viajantes do futuro é mostrada mais uma vez. O Exterminador é uma variação do T-1000, sem nada de muito relevante a mais. Temos a nossa nova Sarah Connor, nosso novo Kyle Reese e uma ajuda especial da Sarah e do T-800 semelhantes ao que fizeram no segundo filme, mas sem tanto desenvolvimento.
E como se não bastasse o roteiro extremamente derivado, o filme não funciona nem no que era o foco dos anteriores: cenas de ação. Se nos dois primeiros Cameron fazia uma bela mistura de efeitos práticos e CGI, com um bom uso da câmera lenta para construir tensão e uma energia impecável em todas as sequências, aqui o que vemos é um excesso de CGI, câmeras lentas só para esconder os efeitos e por pura estilização barata e uma falta total de construção dramática para essas sequências. Ou seja, uma ação digna dos filmes pós-Cameron.
Novo universo
Entretanto, o que mais vai incomodar aos fãs é uma escolha inicial do roteiro. Visando a construção de novas protagonistas, o roteiro achou que era boa ideia romper com praticamente todos os acontecimentos dos dois primeiros longas (os únicos que esse leva em consideração). Parece que Cameron simplesmente só assinou o seu nome como produtor e nem ao menos revisou o roteiro.
Mas, que fique claro, o problema está longe de ser as novas protagonistas. Pelo contrário, se tem algo que funciona aqui é a dinâmica de grupo, principalmente graças a breve construção dramática que cada personagem tem. Então, entendemos os dramas de cada um e conseguimos comprar as diferenças entre eles.
As atuações também são muito boas. Arnold Schwarzenegger e Linda Hamilton retornam bem aos papéis, enquanto Mackenzie Davis se prova mais uma vez como a bela atriz que é.
Ah, e eu não poderia deixar de mencionar mais uma coisa. Na tentativa de chocar o público com uma quebra de estrutura, o longa apresenta uma das reviravoltas mais previsíveis que vi em tempos. Chega a ser vergonhosa.
Nota: 5.0
Crítica em vídeo:
Assista abaixo à crítica em vídeo que eu fiz sobre o primeiro longa em meu canal, o 16mm.
Assista ao trailer:
Ficha Técnica:
Título original: Terminator: Dark Fate (O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio)
Data de lançamento: 31 de outubro de 2019 (2h 14min)
Direção: Tim Miller
Elenco: Mackenzie Davis, Linda Hamilton, Arnold Schwarzenegger, mais
Gêneros: Ação, Ficção Científica
Nacionalidade: EUA