“A Fera” é o novo thriller de sobrevivência, dirigido por Baltasar Kormákur e protagonizado por Idris Elba, em que um leão com sede de vingança surge como antagonista.
O filme está disponível nos cinemas.
É bom?
“A Fera” abandona a lógica em prol de uma experiência sensorial, enquanto nos joga como testemunha daquele pai tentando sobreviver e salvar suas filhas.
Apesar de previsível e esbarrar em diversos clichês, o longa consegue se sair bem ao, por meio dos planos-longos de Kormákur, nos colocar naquela situação com os personagens, quase como se vivêssemos aquelas horas de terror junto àqueles personagens, testemunhando cada passo que eles dão para tentar sobreviver.
Ao mesmo tempo, o antagonista surge não como um leão realista, mas como uma ameaça quase sobrenatural. Um predador incansável, onipresente, extremamente inteligente, resistente e com um desejo infinito por vingança.
É justamente por meio desses dois elementos centrais que o longa cria esse jogo de ameaça e luta pela sobrevivência, ora escondendo essa ameaça que pode vir de qualquer lugar, ora apresentando-a gigante diante dos nossos olhos. Por isso, vale ressaltar como Kormákur não poupa seus planos longos imersivos nem quando coloca leão e protagonista no mesmo plano e em constante movimento. O faz até a luz do dia, o que é raro no uso do CGI hollywoodiano e sua obsessão pelo realismo.
Assim, “A Fera” se apresenta como um thriller de sobrevivência direto e bastante imersivo. Não tenta ser nada muito além do que é, mas faz da sua simplicidade na história uma arma para escolhas estéticas mais imersivas.
Nota:
Assista à minha crítica em vídeo:
Assista ao trailer:
Ficha Técnica:
Título original: Beast
Data de lançamento: 5 de agosto de 2022
Direção: Baltasar Kormákur
Elenco: Idris Elba, Sharlto Copley, Iyana Halley
Gêneros: Ação, suspense
Nacionalidade: EUA