Relembrar é viver!
Com poucos dias para o fim do mandato de um dos piores presidentes da história do Brasil, é sempre bom reforçar em como o ódio que Bolsonaro pregava e tanto defendia, o quanto incitou “coincidentemente” o nazismo dos brasileiros de puro sangue.
O usuário do Twitter @nietzsche4speed publicou um resumo do relatório do Observatório Judaico dos Direitos Humanos (@ObservJudaico), compilando 16 momentos em que o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro “flertou” com o nazismo alemão do século passado:
Fio sobre as curiosas “coincidências” de Bolsonaro e bolsonaristas com o nazismo compilados em boa parte no relatório do @ObservJudaico disponível em https://t.co/nnU4c6eSnG.
1- Lema “Alemanha Acima de Tudo”/“Brasil Acima de Tudo”
+ pic.twitter.com/532prAlbbb— judz (@nietzsche4speed) August 18, 2022
Lema “Alemanha Acima de Tudo”/“Brasil Acima de Tudo”
Jair Bolsonaro diz que líder nazista soube impor ordem e disciplina
Em 1988, o então deputado federal Jair Bolsonaro fez um discurso na Câmara dos Deputados defendendo a liberdade de expressão de jovens de um colégio em Porto Alegre que elegeram Adolf Hitler como personagem histórico mais admirado. “Eles têm que eleger aqueles que souberam, de uma forma ou de outra, impor ordem e disciplina” disse Bolsonaro.
No discurso, Jair Bolsonaro ainda criticou o presidente da época, Fernando Henrique Cardoso. Segundo ele, não fazia sentido os jovens da escola escolherem FHC como figura mais admirada porque “logicamente estariam elegendo o pai do Governo mais corrupto da História do Brasil, porque ele não admite que nenhuma denúncia de corrupção seja apurada por esta Casa. Ele não é exemplo para a juventude.”
“Acorda Alemanha”/“Movimento Liberal Acorda Brasil”
“Trabalho Liberta”, lema do campo de concentração de Auschwitz usado por bolsonaristas nos protestos na pandemia como a organizadora de protesto no RS Doris Neumann.
Então Ministro da Cultura Roberto Alvim emulando discurso e semiótica de líder da propaganda nazista Joseph Goebbels.
Roberto Alvim
Roberto Alvim, antigo Secretário Especial da Cultura, foi demitido do cargo após citar, quase por completo, um discurso de Joseph Goebbels, ministro de propaganda de Hitler.
A comparação entre o discurso de Alvim – “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional (…) e será igualmente imperativa (…) ou então não será nada” – e de Goebbels – “A arte alemã da próxima década será heroica (…) será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada” – mostra que o antigo secretário se inspirou na fala de um nazista para discursar.
Ao fundo do vídeo, ainda é possível ouvir o prelúdio de Lohengrin, ópera de Richard Wagner, um compositor alemão idolatrado por Hitler.
Confira o discurso na íntegra:
“Piores que o nazismo”
Também em 2020, poucas horas depois da demissão de Roberto Alvim, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse que o comunismo e o socialismo são piores que o nazismo. “O Brasil corretamente abomina o nazismo, um nefasto sistema que criou uma máquina que assassinou 6 milhões de judeus e jogou o mundo na Segunda Guerra Mundial. Mas muito mais assassino foi e é o comunismo/socialismo, que vive trocando de nome e se reinventando, porém segue matando por onde passa”, escreveu o terceiro filho do presidente Jair Bolsonaro no Twitter.
Eduardo alegou que, por conta de regimes como os de Josef Stalin (União Soviética), Fidel Castro (Cuba) e Hugo Chávez/Nicolás Maduro (Venezuela), o comunismo matou mais de 100 milhões de pessoas. E reclamou que, mesmo assim, só o nazismo é criminalizado no Brasil.
Líder do PSL na Câmara, o deputado ainda disse que, por isso, já apresentou um projeto de lei para tentar criminalizar a apologia ao comunismo no Brasil. “No mínimo devemos debater a proibição do comunismo, fato que já consumado na Polônia, Indonésia e outros países, principalmente os que se libertaram dos mandos da ex-União Soviética”, defendeu.
Assessor de Bolsonaro, Felipe Martins, aparece em vídeo durante sessão no Senado fazendo com a mão o sinal associado ao antissemitismo.
O assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República e amigo de Jair Bolsonaro, Filipe Martins, fez um gesto nazista durante uma sessão do Senado.
Durante a fala de introdução do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o assessor fez o sinal que significaria White Power (Poder Branco).
“O significado do gesto é “White Power”, “Poder Branco”. Os três dedos esticados formam o W. O indicador colado no polegar forma o círculo do P”, explicou o sociólogo Celso Rocha de Barros, em postagem no Twitter.
Flagrado no ato, foi convidado a se retirar da sala pelo deputado Randolfe Rodrigues.
A simbologia supremacista branca de beber leite como “apito de cachorro” que constava no perfil do líder da alt-right estadunidense Richard Spencer.
Bolsonaro citando o líder fascista Benito Mussolini.
Semiótica nazista entre seus apoiadores.
Apoiadores com bandeiras de grupos de extrema-direita ucraniana inspiraras pelo nazista Stephan Bandera como o Pravy Sektor (Setor Direita).
Grupo de apoiadores 300 do Brasil capitaneados pela nazista Sarah Winter (codinome em homenagem à espiã britânica nazi na II Guerra Mundial) em semiótica que remete aos racistas da Ku Klux Klan.
Bolsonaro tirando foto tranquilamente com cosplay de Hitler.
Bolsonaro tira foto com sósia de Hitler
Em 2015, Carlos Bolsonaro convidou o professor Marco Antônio Santos para discursar na Câmara dos Vereadores em defesa do Escola sem Partido, um movimento que estabelece regras sobre o que pode, ou não, ser dito em sala de aula pelos professores.
O movimento, que se tornou um projeto de lei, já foi criticado por educadores por promover censurar os docentes.
Marco Antônio Santos, que era candidato a vereador, apareceu na Câmara vestido como Hitler – usando um bigode característico do nazista, um corte de cabelo semelhante e um terno com broches militares. Em 2016, um internauta resgatou uma foto de Bolsonaro ao lado de Santos. Na época, ambos eram do Partido Social Cristão (PSC).
Carta de Bolsonaro a grupo neonazista
(clique aqui para ler a carta)
Bolsonaro defendendo alunos do Colégio Militar de Porto Alegre por estes escreverem sua admiração por Adolf Hitler.
(clique aqui para ler a reportagem da Veja)
O nazista foi apontado como personagem histórico favorito por formandos de 1995 do Colégio Militar de Porto Alegre, superando Gandhi e Jesus Cristo.
Em discurso feito em 21 de janeiro de 1998, o deputado Jair Bolsonaro defendeu os oito alunos do Colégio Militar de Porto Alegre que citaram Adolf Hitler como personagem histórico que mais admiravam. O nazista foi o campeão das indicações feitas por 84 dos 158 formandos da turma de 1995 que mencionaram o nome de personalidades para a revista Hyloea,, publicada por estudantes da instituição dois anos depois. Em sua fala na Câmara dos Deputados, Bolsonaro frisou que aqueles jovens estavam “realmente carentes de ordem e de disciplina neste país”. Como, segundo ele, este tipo de exemplo não era dado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, “eles (os estudantes) têm que eleger aqueles que souberam, de uma forma ou de outra, impor ordem e disciplina”.
Bolsonaro mente ao dizer com certo orgulho que seu bisavô serviu nas tropas de Hitler.
(clique aqui para ver a matéria do DCM)
Bolsonaro recebe festivamente Beatrix von Storch, neta do Ministro das Finanças de Hitler e líder da extrema-direita alemã AfD.
(clique aqui para ver a matéria da BBC)
Em 2021, Bolsonaro teve um encontro com Beatrix von Storch, neta de ministro de Hitler e vice-presidente do partido neonazista Alternativa para a Alemanha (AfD). “Ao contrário do que diz a imprensa, ELE? é humilde, amável e bem humorado no trato pessoa”, disse Bolsonaro em rede social.
O partido alemão é declaradamente anti-imigração, e alguns de seus membros relativizam o Holocausto e o nazismo.
Bolsonaro recebe o apresentador da FOX news e propagador da teoria supremacista branca da “Grande Substituição” Tucker Carlson.
Em 2011, neonazistas de Sao Paulo ajudam a convocar manifestação a favor do então deputado carioca Jair Bolsonaro.
(clique aqui para ver a reportagem do Uol)
Em 2011 aconteceu uma manifestação de apoio ao até então deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), após o deputado ter feito alegações racistas e homofóbicas. O protesto, batizado de “ato cívico”, foi divulgado atavés do fórum “Stormfront.org”, administrado pelo movimento neonazista “White Pride World Wide” .
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