“Morbius” acompanha Michael Morbius, um cientista em busca de uma cura para sua doença degenerativa. Ele faz testes em morcegos para extrair essa cura.
O filme está disponível nos cinemas.
Uma bagunça
“Morbius” não sabe nem de que gênero quer ser e tem como resultado uma bagunça narrativa e visual.
Esse é mais um filme do universo de vilões do Homem-Aranha da Sony. Filmes, assim como os dois “Venom”, que até fazem parte do MCU, mas que a Marvel nunca deverá utilizar em seu universo.
O longa então parece em dúvida entre ser um filme de terror/monstro ou uma obra de super-herói, e é justamente essa confusão que o transforma em um mix de estilos e caminhos a serem seguidos. Isso fica claro no uso do CGI, que ora aposta em borrões mal acabados e indecifráveis nas cenas de ação, ora tenta nos aterrorizar transformando os personagens em monstros (também mal acabados).
Mas nada se compara aos diversos caminhos narrativos que o filme tenta levar. Tudo isso, sustentando-se por linhas dramáticas para lá de pobres. Por exemplo, a necessidade de girar tudo em torno de uma relação entre Michael e seu amigo de infância. Porém, o filme quer nos fazer acreditar nessa relação com apenas uma cena, em um flashback para lá de mal resolvido. O mesmo ocorre com a suposta genialidade de Michael, que é resumida a ele consertando uma aparelho.
Com uma sustentação tão frágil e um roteiro bagunçado, resta apenas uma sucessão de clichês, que vão do gênero de super-herói até mesmo os filmes de amadurecimento (a tosca cena do bullying é o melhor exemplo disso). Assim, “Morbius” simplesmente não funciona em simplesmente nenhum dos caminhos que deseja seguir. No final, parece que a Sony deu sinal verde a esse filme pelo simples fato de que tem que usar esses vilões do Homem-Aranha.
Nota:
Assista a minha crítica em vídeo:
Assista ao trailer:
Ficha Técnica:
Título original: Morbius
Data de lançamento: 31 de março de 2021
Direção: Daniel Espinosa
Elenco: Jared Leto, Matt Smith, Jared Harris
Gêneros: Super-herói, terror
Nacionalidade: EUA