Watchmen chega ao momento mais esperado por todos os fãs: a aparição do Dr. Manhattan. E se o uso de maquiagem pode causar estranhamento para alguns, o episódio 8 prova mais uma vez a consistência narrativa da série é o grande trunfo.
Watchmen sempre foi sobre o tempo e essa relação com o Manhattan se faz presente. Mas aqui eles elevam a complexidade ao trabalhar o paradoxo temporal de Bootstrap, que ganhou muita projeção graças a “Dark”. Nada mais é do que o futuro influenciando o passado para a criação de eventos.
Dessa forma, tudo que parecia ser uma grande coincidência agora se tornou completamente lógico. Mas mais do que apenas fazer sentido, a série consegue se aprofundar nos temas que trabalha. A profundidade emocional nunca é deixada de lado em prol da racionalidade pura e simples.
Infelizmente, em alguns momentos, o episódio se perde no excesso de exposição, utilizando flashbacks para mostrar eventos que haviam acontecido poucas cenas antes. Em uma obra qualquer isso talvez não fosse um problema tão grande, mas uma série que traz uma complexidade nesse nível não pode subestimar a inteligência de seu próprio expectador.
Fãs podem não gostar
Apesar de todo o roteiro bem estruturado, é possível que os fãs mais hardcore da HQ não aceitem a humanização do Dr. Manhatan. O mesmo pode valer para a busca pelo paraíso do Ozymandias ou como surge a paixão entre Angela e Jon.
Porém, é louvável a ousadia da série, sempre impressionando o público a cada episódio e não tendo medo em apostar no diferente. Por sorte, grande parte do público está comprado a proposta. Agora só resta esperar o último e decisivo episódio que promete diversos eventos espetaculares.
Nota: 8.5
Crítica em vídeo:
Assista abaixo à crítica em vídeo que eu fiz sobre o episódio em meu canal, o 16mm.