Herege, novo filme de terror da A24, dirigido por Scott Beck e Bryan Woods, tem destaque para Hugh Grant e um debate sobre religião.
O filme está disponível nos cinemas.
É bom?
Assista ao meu vídeo completo sobre, para o canal 16mm:
Herege praticamente abandona o horror em prol de um discurso provocativo, mas não consegue ser nada além de superficial e bobinho.
Novo longa de Scott e Woods investe tudo em uma reflexão sobre a religião a fim de criar um vilão curioso, em bela interpretação de Grant, que questiona suas vítimas, criando um jogo que teoricamente daria a elas a possibilidade de escapar.
Quase todo inteiro da casa, vendida como um labirinto, mas que parece se resumir a três cômodos, o terror até se mantém na apreensão do que virá a seguir, mas o horror é deixado de lado. Ou seja, no fundo, tudo que importa é esse debate entre as garotas que tentam converter e o vilão que tem seu charme em tentar apontar as contradições sobre todas as religiões.
O problema é que o longa vai gradualmente perdendo a força, quando fica claro que toda essa provocação do longa não passa de ideias meio superficiais, típicas de um adolescente que quer provocar sua família religiosa. Não é capaz sequer de perceber que Deus, fé e igrejas/instituições podem ser coisas distintas, com efeitos peculiares em cada pessoa. Coloca tudo no balaio do “criação de homens para controlar homens”.
Só que tudo termina ainda pior, quando uma ação repentina transforma o vilão em um mero lunático (traindo a provocação central do longa) e joga a narrativa para um lugar genérico de filme de cativeiro/serial killer.
Nota:
Assista ao trailer:
Ficha Técnica:
Título original: Heretic
Data de lançamento: 17 de novembro de 2024
Direção: Scott Beck e Bryan Woods
Gêneros: Terror
Nacionalidade: EUA