Nosferatu é o novo filme dirigido por Robert Eggers, de “A Bruxa” e “O Homem do Norte”, e a terceira grande versão do personagem para o cinema.
O filme está disponível nos cinemas.
É bom?
Assista ao meu vídeo completo sobre, para o canal 16mm:
Nosferatu conta com um visual lindo, mas incapaz de nos fazer sentir ou dizer algo pelas imagens.
Na terceira grande versão do vampiro para o cinema, Robert Eggers carrega consigo o peso dessa adaptação do drácula puramente cinematográfica, de visual específico e que, apesar da história semelhante, em muito se afastou da obra de Bram Stoker (que também teve diversas adaptações para as telonas.
Assim, Eggers escolhe retornar para a Alemanha, cinema que sempre foi a casa de Nosferatu. Porém, se Murnau refletia em sua estética a devastação da Alemanha pós-Primeira Guerra, e Herzog revisava aquela obra sob uma visão de solidão do país dominado e de cinema tentando se reerguer no pós-Segunda Guerra, Eggers nada tem a dizer a respeito do país ou da nossa contemporaneidade. Nem mesmo as pragas que poderiam facilmente ser associadas à pandemia são trabalhadas.
Dessa forma, rola uma certa fetichização da imagem, como pura homenagem ao que Murnau estabeleceu. Cada plano é milimetricamente pensado, a sombra de Nosferatu se acumula pela obra, mas Eggers o esconde. A personalidade da obra estaria supostamente na relação dele e seu visual com Ellen, algo anterior à ida do marido desta ao castelo do Conde. Mas a relação não poderia ser mais insossa e aborrecida.
Nota:
Assista ao trailer:
Ficha Técnica:
Título original: Nosferatu
Data de lançamento: 2 de janeiro de 2024
Direção: Robert Eggers
Gêneros: Terror
Nacionalidade: Estados Unidos