“O Menu” é o novo filme que é uma sátira de terror dirigida por Mark Mylod, e protagonizado Anya Taylor Joy e Ralph Fiennes, com Nicolas Hoult.

O filme está disponível nos cinemas.

É bom?

“O Menu” se usa da gastronomia para falar sobre arte, colocando o artista em posição de controle.

O novo filme de Mark Mylod faz de Ralph Fiennes o seu veículo para discutir arte e a posição do artista e do público. O chef assume então a posição do diretor que ama sua obra, mas sente que esta não é apreciada pelos espectadores como ele acreditava que deveria.

Então, o filme inverte uma posição clássica ao cinema, a do espectador como voyeur, alguém em uma zona de conforto para poder apreciar o filme em uma posição de segurança. Em “O Menu”, o chef, ou diretor, não só reconhece o seu público, ele também manipula esse público e faz dele parte da obra.

O Menu Analise do filme 2

Assim, o filme satiriza esses diversos públicos, sobretudo o fã que se apropria da obra, a crítica de cinema e o que faz parte da indústria, enquanto encontra sua heroína justamente naquela espectadora casual.

Dessa forma, o longa cria como discurso essa valorização do popular e a rejeição de uma arte mais profunda. O problema é que tal defesa de uma abordagem mais sensorial e direta acaba sendo contraditória em relação ao filme como um todo. Isso porque, “O Menu” se faz uso de uma encenação que rejeita justamente os elementos mais básicos do horror e valoriza o psicológico, quase um clichê atual dos filmes do gênero que tentam parecer mais complexos.

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Assista ao trailer:

Ficha Técnica:

Título original: The Menu
Data de lançamento: 1 de dezembro de 2022
Direção: Mark Mylod
Elenco: Ralph Fiennes, Anya Taylor Joy, Nicolas Hoult
Gêneros: Terror, Sátira
Nacionalidade: EUA