Apesar de existirem alguns loucos por aí, precisamos admitir que não é fácil ser mulher, vivemos em um mundo extremamente machista, mas… a gente sabe que o mundo é das mulheres. Pensando nisso, e talvez até com um certo atraso, resolvi falar de uma das séries que mais me impactou nos últimos tempo, uma série mostra as durezas vivenciadas pelas mulheres por conta do machismo enraizado na sociedade. Uma série que mostra as resistências cotidianas das mulheres e suas lutas para sobreviver à esse mundo cão e transformá-lo em um melhor. Mulheres fortes, resistentes e à frente do seu tempo.
The Handmaid’s Tale
A série do serviço de streaming HULU (infelizmente não disponível no Brasil), foi baseada no livro de Margaret Atwood (O Conto da Aia), e acompanha a história de vida de Offred, uma criada de um dos líderes da distopia de Gilead, uma sociedade totalitária que foi anteriormente parte dos Estados Unidos, e tendo a religião como um dos grandes pilares. Mulheres, se tornam propriedade do Estado, além de terem sua alfabetização proibida, além de diversos outros direitos.
Essa distopia surgiu com uma catástrofe ambiental e uma enorme queda na taxa de natalidade. Tendo como base o fundamentalismo religioso, esta sociedade trata as mulheres como propriedades do estado. Offred é uma das últimas mulheres férteis, o que a leva ser utilizada como escrava sexual com o objetivo de ajudar a repopular o planeta devastado.
Em um ritual social, essas mulheres são estupradas uma vez a cada mês, em seu período fértil, para aumentar as chances de gravidez. Para as que não “servem” à reprodução, são destinados outros trabalhos, como o de criadas e cozinheiras.
Mulheres antes que era cientistas, escritoras, jornalistas, nessa sociedade não passam de objetos, as mulheres dos líderes dessa sociedade, óbvio, vivem como rainhas, mesmo com seus direitos limitados e completamente submissas aos seus maridos.
Nesta sociedade CRUEL, onde uma palavra errada pode acabar com sua vida, onde qualquer um pode ser um espião para Gilead, Offred é um símbolo de resistência e de luta – tudo com um único objetivo: sobreviver e encontrar a filha que foi tirada dela.
Em 2017, foi a série que mais levou estatuetas, incluindo a de melhor série dramática. Apesar de ser uma obra de ficção, e de se passar em um futuro completamente distópico e distante da nossa realidade, ainda é possível observar diversas analogias à desigualdade e aos preconceitos enfrentados pelas mulheres até hoje.
Já que a Hulu ainda não é disponível no Brasil, quem possui tv à cabo, a segunda temporada da série está sendo exibida no Paramount Channel, todos os domingos às 21hrs.