Com os debates sobre a maconha cada vez mais intensos em toda parte, no mês de março uma votação foi planejada para reduzir as restrições à pesquisa científica e uso medicinal da cannabis no mundo. Hoje, tivemos mais um pequeno e importante progresso: a notícia do dia é a de que a Organização Mundial da Saúde (OMS) remove cannabis da categoria de “droga”. A notícia do último balanço geral da OMS baseia-se no documento divulgado anteriormente e que aponta não haver casos relatados de abuso ou dependência da substância, colocando a cannabis como uma planta que não representa um perigo para a saúde pública.

Boa noticia Organizacao Mundial da Saude remove cannabis da lista de drogas

De acordo com o comitê que produziu o relatório, a Cannabis não possui características psicoativas. Vários estudos no assunto foram levados em consideração para apoiar a decisão, dos quais podemos destacar um em que várias pessoas toparam participar do teste e receber uma dose de Cannabis de forma aleatória para análise de sintomas e reações. O estudo empírico revela que foram medidos diferentes indicadores e em nenhum deles pôde-se identificar grandes alterações nos sintomas de psicoatividade ou intoxicação.

Outro estudo importante dá conta de que usuários recreativos de Cannabis foram convidados a testar alguns efeitos do Canabidiol e os resultados novamente apontaram que o canabidiol não produziu efeitos psicoativos, cardiovasculares ou outros efeitos.

Segundo a OMS, a substância em questão não é viciante. A cannabis não deixa de ser classificada como medicamento pelas organizações internacionais de saúde, tendo em vista que o relatório da OMS indica que os teste foram feitos com apenas um dos elementos da Cannabis: o Cannabidiol.

Após esse importante passo, as possibilidades de estudo em torno da substância aumentam consideravelmente. Lembrando que a Comissão de Drogas e Narcóticos faz parte do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ONU) e é o órgão encarregado de modificar, revisar e atualizar periodicamente a lista de substâncias proibidas. As decisões são tomadas de acordo com recomendações OMS, que também é aconselhada, dessa vez pelo Comitê de Peritos em Dependência de Drogas.

Hoje, apesar de a Cannabis ser estudada há mais de 50 anos, ainda existem vários conceitos mistificados em torno da planta. Essas limitações que prevalecem têm impedido milhões de pacientes de se beneficiarem do que a cannabis pode proporcionar, principalmente para tratamento de doenças.

Esperamos que esse seja apenas um passo rumo à legalização de uma planta que nunca deveria ter sido proibida!

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