Assista ao trailer:
“Westworld” segue trabalhando menos narrativas por episódio. Esse novo capítulo nada mais é do que o episódio da Maeve, ainda que tenha um pouco de Bernard também. E, certamente, a narrativa deles segue linearmente (ainda que possivelmente em diferentes momentos do tempo). Ou seja, a série começa a se desgrudar daquela bagunça desnecessária da segunda temporada.
Entretanto, o lado filosófico e de ficção científica segue presente para engrandecer a série, mesmo que muitos dos conceitos aqui apresentados já tenham sido vistos antes em diversas obras anteriores.
O que temos aqui é a apresentação da Maeve na temporada, dentro de um parque que na verdade é uma simulação dentro de uma simulação. E isso levanta mais questões: o que é real? Será que o “mundo real” não é também uma simulação? Será que a revolta da Dolores não é uma simulação com uma narrativa já pré-estabelecida?
E, ao perceber que é uma simulação e sair dela, Maeve encontra Serac, no que teoricamente é o mundo real. Ali percebemos que na verdade Serac não controla o supercomputador e sim é controlado por este. E se confirma a teoria de que essa inteligência artificial controla a sociedade.
Então, temos Dolores como o contraponto para esse computador, ao mesmo tempo que Bernard e Maeve devem surgir como contraponto para a Dolores. Dessa forma, a sociedade entregou o seu livre-arbítrio e é comandada por uma disputa entre IAs. E aí chegamos ao ponto central: seriam as pessoas mais felizes dessa forma?
Aos poucos a série deve aprofundar mais o tema, mas a simulação nazista do episódio é perfeita para a discussão. O que seria uma ditadura senão a perda do livre-arbítrio da população?
Crítica em vídeo:
Assista abaixo à crítica em vídeo que eu fiz sobre o longa em meu canal, o 16mm.
Ficha Técnica:
Título original: Westworld (Westworld)
Data de lançamento: 15 de março de 2020
Criação: Lisa Joy e Jonathan Nolan
Elenco: Evan Rachel Wood, Aaron Paul, Thandie Newton mais
Gêneros: Ficção científica, futuro distópico
Nacionalidade: EUA