Twisters - Análise do Filme

“Twisters” dá sequência ao filme de 1996, mas trazendo novos personagens e situações, revelando estar no mesmo universo apenas com pequenos detalhes.

O filme está disponível nos cinemas.

É bom?

“Twisters” flerta com o original, mas sem o tesão pela adrenalina.

Longe de ser exatamente um definidor do filme ser bom ou ruim, mas vivemos na era dos filmes sem tesão. Quando digo isso, não me refiro apenas ao desejo sexual (apesar disso também), mas a própria rejeição do cinema blockbuster de ter nas emoções sua força motriz.

Nesse sentido, “Twisters” pode até ter um roteiro semelhante que sugere uma continuidade em relação ao original. Entretanto, o como é sempre o que importa, o que o filme realmente é. É justamente aí que se escancara as diferenças. Ou seja, o novo com a racionalidade, o primeiro com a paixão.

Assim, se o no original até havia um pano de fundo da descoberta científica e vontade de ajudar as pessoas, o longa em si era muito mais sobre a adrenalina, a paixão que movia aqueles personagens era a obsessão por perserguir tornados e viver com o perigo.

O novo até traz um pouco disso com o personagem de Glen Powell, mas isso vai se diluindo quando o personagem vai sendo castrado pela obra. Sobra o romance não concretizado e personagens puros, que só sabem fazer o bem. Qualquer resquício de emoção humana é drenado em prol do bom discurso. Sobra um filme decente, mas meio insosso.

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