Nada melhor do que fazer o tempo passar maratonando uma série durante essa quarentena. Pensando nisso, fiz uma lista em meu canal, o 16mm, com 7 séries para assistir na Amazon ou na Netflix, já que são os dois streamings mais assinados no Brasil.

Abaixo falarei sobre algumas da séries presentes na lista. As únicas citadas no vídeo e não no texto são as mais recentes “Good Omens” e “Fleabag”. Para quem tem Amazon, já fiz uma lista também de filmes de comédia indispensáveis presentes nesse catálogo.

Assista ao vídeo completo de 7 séries para maratonar na Netflix ou Amazon:

1- The Office

Após estrear na Inglaterra e ser protagonizada por Rick Gervais, “The Office” original não vingou e terminou ainda na primeira temporada. Mas a ideia da série foi boa o suficiente para ser adaptada para solo americano e emplacou o suficiente para durar nove temporadas e receber diversos prêmios, além, é claro, de ser um sucesso estrondoso de público.

Gervais deu lugar a Steve Carrell, que nos trouxe em Michael Scott um dos personagens mais icônicos de todos os tempos, além de mostrar o talento do ator.

A série quebra a lógica tradicional da sitcom e traz um falso documentário de uma equipe de televisão filmando por anos a vida dentro de uma empresa. Dessa forma, a série extrapola para brincar com a loucura que é a vida dentro de um escritório. O tempo que não passa e a convivência que enlouquece todos. A origem britânica ajudou a dar o tom da comédia da série, um humor de constrangimento que lembra muito o inglês.

2- Seinfeld

seinfeld

Como pode uma série sobre absolutamente nada durar 9 temporadas? A resposta não é simples, mas com certeza “Seinfeld” foi capaz de fazer isso. A série sobre quatro amigos traz Jerry Seinfeld fazendo ele mesmo, entretanto com amigos “fictícios”.  A própria série tem consciência de que é sobre nada e brinca com isso em alguns episódios envolvendo um episódio-piloto que faz uma bela metalinguagem.

A verdade é que as situações criadas são tão boas e os personagens tão maravilhosos que permitiram a “Seinfeld” se tornar uma das melhores e mais influentes séries de comédia da história. “Friends” tem essa obra como uma grande influência.

3- Fargo

Inspirada no espetacular filme dos Irmãos Coen de mesmo nome, que por sua vez é mais ou menos baseado em fatos reais, “Fargo” usa o tom e a comédia de erros com inspiração para contar outros casos semelhantes em regiões próximas à do longa.

A série segue um formato de minisséries que se passam no mesmo universo, mas funcionam independentemente. A quarta temporada estava programada para abril, mas acabou sendo adiada por conta da pandemia.

A obra traz crimes bizarros, personagens “comuns” tendo que sobreviver em meio a um mundo de crime que desconhecem e se apoia em um humor bizarro que não poderia funcionar melhor.

4- Mad Men

mad men

Uma das séries mais importantes e premiadas da história, “Mad Men”, ao Lado de “Família Soprano” e “Breaking Bad”, ajudou a mostrar o potencial do protagonista anti-herói na televisão. A obra conta a história de uma agência de publicidade dos anos 50 pioneira na forma como trabalha a criatividade. Além de acompanharmos a vida ali dentro, vemos um desenvolvimento a mais dos personagens em suas vidas pessoais.

Apesar do ambiente extremamente machista, a série consegue criar ótimas personagens femininas também, sendo Peggy (Elizabeth Moss) a principal. Ela consegue até rivalizar com Don Draper (Jon Hamm) pelo protagonismo da série.

5- Godless

E falando em personagens femininas, eu não poderia deixar a minissérie original Netflix “Godless” de fora. A série traz uma ambientação de faroeste em que uma pequena cidade perdeu quase todos os homens em um acidente de trabalho. Então, fica a cargo das viúvas e demais mulheres da cidade, ao lado de um xerife que sofre com perda de visão e traumas do passado e um jovem aprendiz apaixonado, tomar conta do local contra um bando de foras da lei e banqueiros. Ao mesmo tempo, chega um forasteiro desconhecido.

Apesar de reconhecer as convenções de gêneros e clichês de faroeste que vem desde a década de 1930, “Godless” consegue encontrar originalidade. Isso porque sabe subverter muitos dos clichês e traz uma complexidade a mais para os personagens, sem cair no maniqueísmo barato.