“Loki” acompanha o deus da trapaça que fugiu com o Tesseract, em “Vingadores: Ultimato”, sendo capturado pela TVA, organização responsável por manter a linha temporal sem variantes, para assim, impedir o funcionamento de um multiverso.
A série está disponível no catálogo da Disney+.
Avança pouco
Assim como “Viúva Negra” e as demais séries da Marvel, “Loki” também é refém das amarras de ser apenas uma peça minúscula de um universo maior. Se o último filme da Marvel é apenas um caça-níquel descartável, a nova série é quase um trailer para a continuação do MCU e apresentação do multiverso. Ou seja, temos a confirmação do multiverso já no primeiro episódio, a volta do Loki, a TVA, entre outros conceitos. Porém, depois da apresentação de Sylvie e sua relação com o Loki, tudo simplesmente para de avançar. A série até tenta esconder a enrolação ao quebrar dois episódios no meio (eps. 3 e 4 e eps. 5 e 6). Mas, ao resolver tudo apenas abrindo tudo mais ainda e quase voltando ao ponto de origem, fica claro que “Loki” é só mais uma obra inchada para preencher calendário nessa ressaca da Marvel pós-Vingadores Ultimato.
É bem verdade que a série vive bons momentos, sobretudo nas pequenas interações de Tom Hiddleston com Owen Wilson e Sophia di Martino. Assim como “Wandavision”, a série funciona melhor enquanto produto íntimo focado em desenvolver relações pessoais. Porém, assim como as demais séries do MCU, “Loki” sugere uma nova estética e abordagem incialmente para nos episódios finais se explicar e aderir ao genérico. Deixando assim de ser uma obra particular para no final se colocar apenas como uma partezinha de um todo bem mais importante.
Tal escolha, só tira a força de cada obra individualmente, já que nenhuma se propõe a funcionar ou se resolver sozinha. Todas sempre ficam na dependência do universo maior, fazendo com que os temas e arcos propostos se tornem apenas desculpas para manter a série se desenvolvendo por algumas semanas.
Então, mais uma vez, restam apenas bons momentos isolados. A falta de uma sustentação geral é tão grande que a série faz questão de convencer os fãs apenas por meio de referências aos quadrinhos, que aqui são inúmeras, e não pelo desenvolvimento narrativo, chegando ao ponto de introduzir personagens das HQs apenas como puro fan service e gastar muitas cenas nisso.
“Loki” peca pela falta de pretensão, jogando fora os temas complexos que aborda, tanto dramáticos quanto envolvendo questões de ficção científica, em prol de uma diversão mais banal. Ao invés de ser uma obra única do universo Marvel, a série prefere ser apenas mais um produto genérico com um gancho para a continuação do universo.
Nota: 6.5
Assista ao trailer:
Ficha Técnica:
Título original: Loki
Data de lançamento (último Ep.): 14 de julho de 2021
Elenco: Tom Hiddleston, Sophia di Martino, Owen Wilson
Gêneros: Ação, super-herói
Nacionalidade: EUA