“The Bad Batch” acompanha a unidade de clones defeituosos, apresentada em “Clone Wars”, tentando sobreviver ao início do Império. Uma jovem semelhante chamada Ômega se junta a eles e dará uma razão de existir ao grupo.
A série está disponível no catálogo do Disney+.
Feita para os fãs
“The Bad Batch” é, com toda certeza, uma série feita para os fãs das demais animações de Star Wars. Até é possível alguém que assistiu apenas aos filmes gostar da série, mas esse definitivamente não é o foco principal de Dave Filoni com essa produção. A começar pelo fato de serem personagens apresentados em “Clone Wars”, mas principalmente por servir como uma ponte entre esta e “Rebels”.
Isso fica claro já no primeiro episódio, com a conexão entre os clones defeituosos e a sobrevivência de Caleb Dume/Kanan Jarrus à Ordem 66. Entretanto, tudo se intensifica ainda mais no desenrolar da temporada ao apresentar diversos personagens tanto dessas duas séries animadas, quanto também personagens de “The Mandalorian” e até temáticas dos filmes mais recentes. Hera Syndulla, Chopper, Cad Bane, Fennec, Kanan e Rex são apenas alguns dos nomes de personagens que só haviam aparecido em séries, mas nunca nos filmes.
Só que longe de ser apenas uma obra de fan services, “The Bad Batch” funciona muito bem em duas frentes. A primeira é dar uma cara para esse grupo, além de evoluir esses personagens, quase sempre envolto no grande coração de Ômega, que vai moldando a personalidade dos outros e realçando a bondade de todo o grupo. De certa forma, Star Wars sempre falou sobre família e aqui não vai ser diferente. Dessa forma, somos levados a jornadas semanais, algumas com consequências na trama principal, outras mais localizadas (como acontece também nas demais séries do universo).
Enquanto isso, a série desenvolve também uma segunda linha narrativa, mais preocupada com todo o universo expandido. A partir desta, a série responde muitas das perguntas deixadas em aberto. Descobrimos então como é a transição entre República e Império, como o povo da galáxia age e sente essa mudança, como o Império controla essas pessoas, a substituição dos clones pelos stormtroopers, o início de movimentos rebeldes aleatórios, o fim de Kamino, a manutenção da clonagem no Império (que vai ser vista em “The Mandalorian” e na trilogia nova), entre muitas outras questões.
Conseguindo resolver bem essas duas linhas narrativas, e mantendo a qualidade visual da animação, com os mesmo traços de “Clone Wars”, a série consegue criar uma identidade própria em sua primeira temporada, ao mesmo tempo que deixa os fãs sedentos pela já confirmada segunda temporada. Deve ser mais uma série que Star Wars vai explorar por alguns anos, fazendo referências a outras obras do universo, criando personagens e respondendo muitas das perguntas em aberto. É assim que se constrói um universo expandido!
Nota:
Assista a minha crítica em vídeo:
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Ficha Técnica:
Título original: Star Wars: The Bad Batch
Data de lançamento: 13 de agosto de 2021
Criador: Dave Filoni
Gêneros: Fantasia, Animação
Nacionalidade: EUA