“Deadpool e Wolverine” introduz Deadpool no MCU e traz Hugh Jackman de volta ao papel de Wolverine, além de inúmeras aparições.
O filme está disponível nos cinemas.
É bom?
“Deadpool e Wolverine” segue uma fórmula saturada há anos, usando a autoconsciência como escudo para críticas e as aparições para esconder a falta de uma narrativa.
“Deadpool” surgiu em 2016 como um refresco ao gênero, não tanto por ser maior de 18, como muitos defendem, mas por trazer uma consciência da saturação do gênero e se divertir ao zuar a si mesmo, ainda que traia bastante o discurso ao final. O segundo já soava como uma replicação do primeiro, mas ainda tinha algumas boas cenas de ação dirigidas por David Leitch.
Já “Deadpool e Wolverine” chega em um momento diferente, agora parte da Disney, em era de multiverso e um monte de aparições surpresa por filme. O filme vem então para “matar” de vez a Fox e seus personagens, apesar de ressucitar Wolverine e Hugh Jackman, já que esse vende.
É então sob a mesma fórmula dos primeiros e dos filmes recentes da Marvel que o longa praticamente abre mão de ter uma narrativa, para virar apenas um tiroteiro de fan service em aparições, uma reciclagem das piadinhas adolescentes e com uma suposta crítica à Marvel e à Disney.
Só que, no final, não passa de um longa cínico, que tenta justificar cada execução ruim com uma autoconsciência, como se saber que aquilo é ruim o fizesse deixar de ser ruim. Parece um longa querendo se explicar o tempo todo e mascarando as demais insuficiências com as aparições de poucos segundos. Não poderia ser mais ultrapassado em toda sua execução, mas muito fã ainda vai comprar porque está sedento pelo “retorno da Marvel”.
Nota:
Assista ao trailer:
Ficha Técnica:
Título original: Deadpool & Wolverine
Data de lançamento: 25 de julho de 2024
Direção: Shawn Levy
Gêneros: Comédia
Nacionalidade: EUA