Se tem uma coisa que o ser humano não pode reclamar de sua especie é o sexo. Vocês já viram como é bizarro o sexo no mundo animal?
E não estou falando apenas do cachorro ficar grudado na cadela após acasalar (do tesão ser tão grande para ele enfiar até as bolas e depois de tão inchadas, não conseguir tirar de volta)
O ilustrador Mike Trapp criou para o site CollegeHumor uma série de gifs mostrando o quão estranho excêntrico pode ser o acasalamento dos animais. As ilustrações mostram como seria o sexo dos humanos se as relações sexuais fossem da mesma forma que alguns outros animais.
Estilo Cirripedia
Cirripedia (Cracas): O acasalamento é possível devido ao longo órgão desses crustáceos. Cracas tem um dos órgãos mais longos em relação ao tamanho do corpo no reino animal – em casos extremos, o pênis pode ser até 8 vezes o tamanho do corpo da craca. Em águas calmas, os pênis das cracas são longos e delgados, permitindo-lhes alcançar o máximo de parceiros possíveis. Mas expostos às ondas, as marés locais favorecem pênis mais curtos e robustos, que são mais facilmente controlados em condições turbulentas.
Estilo Lesma
Lesmas: Depois de concordarem em se amar, as lesmas sobem em alguma árvore e se entrelaçam por mais ou menos uma hora. Até que, ainda abraçadas, elas se penduram no galho. Como num rapel em que a corda é a gosma produzida pelo abraço molhado e grudendo das amantes. Quando estão penduradas num emaranhado romântico para uns, nojento para outros, elas põe pra fora os seus órgãos sexuais que saem de trás de suas cabeças. Depois de postas pra fora, elas se enrolam e formam uma meleca que parece uma flor azul-brilhante momento em que ocorre a troca de material genético.
Estilo Lophiiformes
Peixes Lophiiformes: São peixes abissais em que o macho nasce sem sistema digestivo e com o único objetivo de encontrar uma fêmea através das feromônios que elas emitem. Uma vez encontrada a parceira, o macho fixa-se no seu flanco e funde-se com o seu corpo chegando a partilhar a mesma corrente sanguínea. Com o tempo, o macho degenera e torna-se apenas em gônadas masculinas fixas ao corpo da parceira, que libertam esperma quando as hormonas da fêmea indicam que está pronta a desovar. Se não encontrar uma fêmea, o macho morre.
Estilo Libélula
Libélulas: As exigências gerais para o sexo das libélulas são suficientemente elaboradas: Antes do acasalamento, o macho se contorce para transferir o esperma de seu local de fabricação – no final de seu abdômen – até uma fenda no pênis, que se encontra apontando a metade frontal de seu corpo, logo atrás do tórax. Quando o amor chama, o macho utiliza apêndices no final de sua cauda para se agarrar atrás da cabeça da fêmea. Ela, por sua vez, torce à frente a ponta de seu abdômen para permitir a penetração.
Estilo Sapo
Sapo, pereca e rã: A fertilização é externa e o ovo que foi fecundado desenvolve-se fora do corpo da mãe. Ou seja, primeiro a fêmea faz a postura dos ovos, depois o macho fecunda. Dependendo da espécie, os ovos são depositados na água, sob pedras, dentro de uma toca escavada no chão, em folhas, etc. O importante é que haja bastante umidade, o suficiente para o embrião crescer e transformar-se em girino.
Estilo Minhoca
Minhocas: As minhocas são hermafroditas, ou seja, possuem os dois sexos – portanto, são capazes de fecundar e serem fecundados ao mesmo tempo. Mesmo assim, a minhoca não pode fecundar a si mesma: ela precisa de uma parceira. As minhocas se posicionam em sentido oposto: a “cabeça” de uma fica na altura do “rabo” da outra. O clitelo libera um muco que ajuda a fixá-las nessa posição. Aí, cada uma injeta espermatozoides num órgão específico da outra: uma bolsa chamada espermateca. Ocorre uma espécie de “dança” quando ainda estão grudadas.
Estilo Tartaruga
Tartaruga: Montando o sexo feminino a partir de trás, o pênis da tartaruga macho emerge de sua cauda e é inserido na abertura do sexo feminino (cloaca). Devido à baixa velocidade do acasalamento, no entanto, a fêmea pode estar comendo, dormindo ou fazendo praticamente qualquer coisa durante esse tempo.
Estilo Louva-Deus
Louva-Deus: A fêmea desse curioso inseto leva o conceito de “predador sexual” a um outro nível: ela costuma literalmente comer seu parceiro após o coito. Os pesquisadores descobriram que fêmeas que comem os parceiros botam em média 88 ovos – 50 a mais do que as que não comem. Quando o canibalismo ocorre, os ovos são produzidos não apenas com esperma, mas com o corpo inteiro do finado. Por isso a produção aumenta tanto.
O Verso do Inverso – Biólogos ao inverso
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Como seriam os relacionamentos humanos se usássemos rituais de acasalamento dos animais?