Imagina passar anos e anos estudando, ralando bastante e se dedicando ao máximo para se tornar uma profissional competente e ser julgada pela roupa que veste ou pela bebida que consome! É, infelizmente, isso não é tão difícil de imaginar num país como o nosso. Nos últimos dias, porém, uma hashtag tem chamado a atenção por levantar uma onda de protestos contra o machismo nos EUA: #MedBikini foi uma iniciativa de médicas americanas que representa a insatisfação dessas profissionais em relação a um estudo que surgiu em 2019. Vamos entender melhor!
O estudo em questão, veiculado no Journal of Vascular Surgery , surgiu em dezembro do ano passado. Nos últimos dias, porém, muitos protestos se concentraram em torno dessa publicação e de todo o absurdo que ela propõe, fazendo a polêmica voltar com muito mais força do que quando foi lançada e mostrando como o machismo precisa ser encarado de frente e com a coragem de uma mulher .
A insatisfação se deu por que médicas residentes foram julgadas simplesmente pelas selfies que tiravam em suas vidas privadas. No estudo, perfis foram criados para analisar mais de 200 médicas recém-formadas, entre 2016 e 2018, em cirurgia vascular. Mas, qual a real intenção desse estudo? Categorizá-las quanto ao conteúdo que postavam através de etiquetas como “provocativos”, “inapropriados” e “não profissionais”. Do resultado geral obtido, ou seja, dos perfis qualificados de forma pejorativa, é possível observar que o critério usado foi o fato de as médicas aparecerem nas fotos de biquíni e/ou consumindo bebidas alcoólicas.
Segundo o estudo, o objetivo era analisar o impacto do “conteúdo de mídia social disponível ao público”. Ele ainda aponta para o fato de que isso poderia afetar as escolhas médicas de futuros pacientes, tornando tudo ainda mais absurdo.
Aí, eu te pergunto: como se cogita direcionar recursos em uma universidade para se realizar um tipo de estudo como esse, que destila o veneno machista de parte da sociedade? E mais: como um estudo feito há mais de 6 meses não foi devidamente problematizado por toda a sociedade acadêmica assim que fora publicado?
Não é de se surpreender que os responsáveis por esse estudo são, em sua maioria, pesquisadores homens. É nesse tipo de situação onde podemos ver o quão atrasados estamos e o quanto precisamos nos inteirar das coisas que acontecem no cotidiano para entendermos o absurdo das coisas ao nosso redor.
Além do problema de se colocar na posição de “fazer uma análise neutra” da vida pessoal de profissionais da medicina, expondo-as como coisas que devem ser avaliadas quanto às obrigações para o que foram designadas, esse desserviço não acrescenta em nada ao desenvolvimento da ciência nas universidades.
Julgar uma mulher pelo tipo de postagem que a mesma realiza em sua vida íntima, no sentido de descredibilizar seu lado profissional, nos mostra o quão perversa é a sociedade e o quanto o machismo nos acende um alerta: com o passar do tempo, há cada vez mais a necessidade de se combater atitudes como essas e, o mais importante, nas mais diversas frentes de atuação. Para isso, precisa-se democratizar o acesso à informação, além de incentivar as pessoas a se inteirarem de ideais que prezam por mais igualdade e por uma sociedade menos patriarcal.
A categorização “conteúdo não profissional ou potencialmente não profissional” feita nesse estudo é apenas um dos indicativos alarmantes que apontam para a desvalorização e para a opressão que a mulher enfrenta diariamente na sociedade. Apesar do autor do estudo ter se desculpado, este problema está muito além de um pedido de desculpas ou mesmo de uma retratação pública.
“Nossa intenção era capacitar os cirurgiões a estarem cientes e, então, decidir pessoalmente o que poderia estar facilmente disponível para nossos pacientes e colegas verem sobre nós nas mídias sociais”, escreveu Siracuse no Twitter .
Jeff Siracuse é apenas um dos milhões de homens que, envolvidos por uma cultura sumariamente machista, pensam possuir autonomia suficiente que lhe dê o direito de tecer julgamentos públicos sobre o comportamento ou o corpo de uma mulher, como algo que coubesse uma espécie de consulta pública. A reflexão que esse tipo de acontecimento nos leva ao absurdo de perceber que muitos homens não veem problema algum no ocorrido e, em consequência disso, dão razão aos autores. Sendo assi, a importância de educarmos nossas crianças é cada vez mais maior, somente assim poderemos impedi-las de crescerem sob as amarras patriarcais e machistas tão comuns no nosso desenvolvimento.
A hashtag #MedBikini é apenas uma forma de dizer que a mulher pode ser o que ela bem quiser, inclusive ser livre para beber álcool, usar linguagem profana, vestir fantasias ou biquínis, sair quando e com quem bem entender, etc. sem que, por este motivo, perca o valor de seus credenciais no âmbito profissional.
Confira algumas das fotos das profissionais médicas que protestaram contra o estudo machista de Jeff Siracuse e veja a importância de iniciativas como a tag #MedBikini
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#medbikini ? "Minha diversão não anula minha competência" O renomado JORNAL OF VASCULARY SURGERY publicou um artigo científico sobre a conduta inapropriada "não profissional" dos médicos (em especial medicas de biquíni) ao postarem em redes sociais. Atividades normais como postar fotos em praia ou segurando uma bebida foram condenadas. (Eu, Juliely, ja fui "chamada a atenção" por ser estudante de medicina e divulgar festas no Instagram). Médicos também tem vida social, viajam, bebem, vão a praia, festas, saem com os amigos, NÃO vivem só de hospital. A hashtag #medbikini esta sendo utilizado por muitas médicas e estudantes de medicina em protesto ao artigo altamente conservador e MACHISTA. E a repercussão foi a retirada do artigo de circulação. O que faz um profissional competente não é sua vestimenta, ou a festa que ele foi no final de semana. E sim sua dedicação, conhecimento, empatia e ética. Aqui sempre terá foto de praia, papagaio, cachorro, festa, e o que mais eu quiser! A medicina será minha profissão, mas ela não me define. Existe vida além disso. Texto adaptado: @dratainnegomes Machistas não passarão ?
A post shared by JULIELY FRANÇA (@julielyfranca) on Jul 28, 2020 at 9:08am PDT
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Várias pessoas me mandaram ontem e hoje, postagens referentes ao #medbikini e decidi ler o artigo. ?? ?? ?? O artigo, publicado pela sociedade de cirurgia vascular atrelava a maior exposição às mídias sociais dos médicos, a uma irreal falta de competência.?? ?? ?? Entre os fatores, seriam fotos fora do contexto médico como fator de não escolha de um profissional, ?incluindo, "vestimentas inadequadas" como bíquinis como questão de não escolha. Relatando como se médicos/estudantes não devessem ter outra vida se não aquela dentro do ambiente hospitalar.?? ?? ?? Decidi falar sobre isso porque já vivenciei o fato, já escutei de professores que deveria cuidar da minha alta exposição pois isso não era algo positivo. Já escutei falarem que médica não faz isso, não faz aquilo. ?? ?? ?? Mas estou aqui para dizer que tanto eu, quanto todos, somos livres, e que UMA FOTO diz nada a respeito ao meu potencial. Como diz @paginamedicinae "Vida social não anula a competência". ?? ?? ?? ?? #medbikini #medicinaporamor #medica #medicalstudent #medicina #estudantemedicina #medicina #medbiquini #estudantede #vestibulando #vestibularmed ?? ??
A post shared by Nicoli Heinig (@nicoliheinig) on Jul 28, 2020 at 3:03pm PDT
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Duas fotos, dois momentos diferentes e uma MESMA pessoa! Em dezembro de 2019, foi publicado o artigo "Prevalence of unprofessional social media content among young vascular surgeons" pelo Journal of Vascular Surgery, artigo dirigido por 6 homens e 1 mulher cujo objetivo foi a analise de redes sociais de 480 médicos e médicas da cirurgia vascular com objetivo de identificar comportamentos não profissionais e potencialmente "mal-vistos" por pacientes e chefes. Foram divididos em conteúdos claramente não profissionais e potencialmente não profissionais: "Conteúdo potencialmente não profissional inclui: segurar/consumir bebida alcoólica, vestuário inapropriado, palavrões, comentários controversos sobre política e religião e temas sociais controversos." Como forma de protesto contra o conteúdo conservador antigo, profissionais passaram a usar a hashtag #medbikini com fotos próprias em uso de biquínis (considerados impróprios para o perfil médico, assim como fantasias de halloween e as poses em que as mulheres apareciam nas fotos de biquíni, segundo o artigo). Estamos aqui para dizer que: sim, medicas usam biquínis. Sim, mulheres são cirurgiãs e ortopedistas. Não, minha religião não é ofensiva. Não, biquínis não são ofensivos, nosso corpo não é ofensivo. Não, não está tudo bem fazer piadas machistas. Não estamos mais na década de 60, e impróprio é esse tipo de pensamento ainda existir. Texto da @memecinainterna adaptado pela @marceladamm
A post shared by Marina Andrade (@marinaxandrade) on Jul 28, 2020 at 6:20am PDT
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Ola? gente, boa noite! Vem texta?o por ai? … Pela primeira vez venho aqui me expor sobre um assunto pole?mico que esta? rodando nas mi?dias atuais. Na?o sei se vcs ja? viram, mas foi publicado um ARTIGO CIENTI?FICO, no journal of vascular surgery, onde 6 HOMENS e 1 MULHER, discutiram sobre exposic?o?es e alguns comportamentos de mulheres cirurgia?s vasculares nas redes sociais, que sa?o considerados inadequados. E alguns desses comportamentos sa?o: fotos de biqui?ni, fotos com roupas justas e curtas, consumo de bebida alcoo?lica, etc. E dessa forma, a CREDIBILIDADE e o CARÁTER da profissional sa?o resumidas a ZERO. Eu to cansada de a todo tempo ter q provar algo nessa sociedade, uma por ser MULHER e outra por ser NEGRA ( que ai? o buraco fica mais embaixo). Vou deixar uma coisa bem clara aqui, MINHA FOTO DE BIQUI?NI NEM MINHA COR (sim, isso tem q ser abordado) NA?O DIMINUEM O MEU ESFORC?O !!! Essa sociedade machista quer a todo tempo desmerecer as mulheres pelas mi?nimas coisas e isso na?o sera? mais aceito!! Minhas fotos de biqui?ni ou seja la? com que roupa eu estiver usando, na?o va?o definir o tanto de tempo que abdiquei de sair com meus amigos, de ficar com minha fami?lia, as noites em claros que fiquei, as vezes que fiquei me matando para aprender um assunto para atender da melhor forma os meus – futuros – pacientes, e com toda certeza na?o definem as ME?DICAS FANTA?STICAS que tive o prazer de conhecer, que ficam horas e horas em pe? + da?o aula + tem mais de um emprego + ainda cuidam dos filhos e da casa ! E? isso, namaste? ?? #medbikini #medicina #negrosnotopo #mulhernamedicina
A post shared by Leiliane Brito (@leilianebrito_) on Jul 27, 2020 at 5:47pm PDT
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#medbikini eu como futura me?dica, to nem acreditando que algue?m teve coragem de publicar um estudo falando sobre a relac?a?o de me?dicas postarem fotos de biqui?ni com o profissionalismo. . Pra quem na?o sabe, sau?de e? amar o pro?prio corpo, e? na?o te?-lo objetificado, nem sexualizado. Sau?de e? poder curtir uma praia, pegar um sol, ter amor pro?prio, na?o ter vergonha de postar um foto sem que as pessoas duvidem da sua capacidade como profissional, ate? mesmo, e? PODER separar sua vida pessoal da vida profissional. No momento que uma atrapalha a outra, algo esta? errado. Sau?de vai muito ale?m de alimentac?a?o, exerci?cio e exames em dia. Isso tambe?m faz parte, mas ter sau?de e? um conceito ta?o complexo e ta?o cheio de diferentes esferas, que na?o deve ser NUNCA resumido a isso. Inclusive, ter sau?de para mulheres, tambe?m e? poder viver sem medo do machismo, do patriarcado, e? poder ser livre. O?bvio que eu na?o to dizendo que pra ter sau?de e? preciso postar foto de biqui?ni, o que estou falando e? que pra ter sau?de eu preciso ter a escolha de poder postar uma foto assim, sem ser julgada profissionalmente e socialmente por isso. Se eu, como futura me?dica, na?o tenho direito a ter sau?de, como eu vou poder oferecer os cuidados necessa?rios aos meus futuros pacientes? Como eu vou poder cuidar deles por completo? . A medicina na?o pode ser uma prisa?o pros corpos e mente de me?dicas. Ela tem que ser libertac?a?o para todos: profissionais e pacientes. Resumir um ser humano a uma foto e? absurdo em todos os ni?veis. . Nesse perfil aqui, vai ter muita foto de biqui?ni sim! Eu amo praia, e, pra mim, faz parte de um processo de autoaceitac?a?o, enta?o eu vou postar sim. Na?o tenho du?vidas de que vou ser uma futura profissional incri?vel, porque eu me esforc?o para isso, na?o so? estudando muito, mas tambe?m sempre buscando ser o melhor de mim, sem que minha vida se resuma a medicina. Estou sempre tentando sempre refletir sobre as questo?es humanas que meus pacientes va?o trazer, para cuidar deles como um todo, na?o so? da doenc?a. Beijos ???
A post shared by Meu Nome Também É Ana (@larabaarbosa) on Jul 28, 2020 at 7:27am PDT
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Duas fotos, dois momentos diferentes e uma MESMA pessoa… Fiquei decepcionada sobre um assunto pole?mico que esta? rodando nas mi?dias atuais. Foi publicado no Journal of Vascular Surgery um ARTIGO CIENTIFICO sobre exposic?o?es e alguns comportamentos de mulheres cirurgia?s nas redes sociais em que mencionam fotos de biqui?ni como inadequado, antiprofissional, como se isso medisse nosso conhecimento e profissionalismo. Minhas fotos de biqui?ni na?o va?o definir o tanto de tempo que abdiquei de sair com meus amigos, de ficar com minha fami?lia, as noites em claro que fiquei estudando, na?o diminuem o meu esforc?o e na?o me faz menos capaz!!! Existe vida ale?m da medicina e com toda certeza eu tenho a minha… Por baixo do jaleco existe uma Thamara que antes de ser farmace?utica e estudante de medicina e? filha, irma?, amiga, MULHER… #medbikini
A post shared by Thamara Gomes (@thamaragomees) on Jul 28, 2020 at 9:19am PDT
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A post shared by Ksenia?? (@ksenia_kissss) on Jul 31, 2020 at 7:54am PDT
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A Via Branca apoia a #medbikini e abomina o sexismo em todas as profissões! #Repost @marcelamcgowan with @make_repost ??? Meu #tbt de hoje vai em apoio ao #medbikini. Movimento lançado em protesto à um artigo científico, divulgado em uma revista médica renomada (Journal of Vascular Surgery), onde um grupo de médicos classificou como “conduta inadequada” mulheres médicas postarem fotos de biquíni em suas redes sociais. ???????? Pois bem, em 2020 e o sexismo ainda existe em todas as profissões. ???????? Primeiro ponto é óbvio: o tamanho ou quantidade de roupa nunca deve ser usado como medidor moral ou de profissionalismo. ???????? Em segundo lugar, médicas são pessoas normais, com vidas pessoais, amigos, famílias, que festam, se divertem e, pasmem, usam biquíni! ???????? Já passei 10 horas em cirurgia e outras 10 pulando carnaval. ???????? Já fiz nove partos em uma noite e provavelmente tomei nove drinks em alguma outra. ???????? Uso jaleco, roupa cirúrgica, máscara, crocs, mas também uso biquíni, decote, saia curta e NADA disso muda minha capacidade profissional! ???????? Patriarcado que lute! Vai ter médica de biquíni SIM!
A post shared by Via Branca | Jalecos (@viabranca) on Jul 31, 2020 at 7:33am PDT
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Leia antes de julgar Sempre que pensei em minhas redes sociais, quis mostrar algo de positivo e pessoal, não gosto de reducionismo, de colocar o ser humano numa caixinha, com rótulo e lacre. Quando alguém vem com aquele papo " tal coisa não pega bem pra uma médica " , me causa um incomodo, um conflito dos meus próprios preconceitos com os meus livramentos, incomoda, mas leva a refletir e vai me libertando… Não vim aqui julgar quem julga também, apena fazer o exercício da minha liberdade dentro do que acredito e vivo. A #medbikini é um protesto contra um artigo publicado em uma revista médica em que um grupo de médicos classificou como inadequado mulheres médicas postarem determinados tipos de fotos em suas redes sociais, entre os exemplos seriam as fotos de biquíni. Quando escolhemos nossa profissão, talvez imaturas ou jovens, as duas coisas não estão sempre juntas, não sabemos exatamente como será o trabalho que vamos efetivamente realizar, não sabemos quais coisas precisamos abdicar pela profissão. Na verdade, muitas não tem ideia do que irão passar e nem se vão conseguir se formar, se vão trabalhar como autônomas, como empregadas, algumas vezes imaginamos algo e no fim é tudo muito diferente. Aí vem a formatura, uma quase que obrigação de amadurecer como profissional, e como médicas, a responsabilidade nos pega, muitas vezes nos prende, até aprisiona, pois talvez não tenhamos amadurecido junto com os anos que passamos nos formando e trabalhando. Continua nos comentários ….
A post shared by Talyene Araújo Alvarenga (@dratalyene) on Jul 31, 2020 at 6:00am PDT
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O ano e? 2020… E, quando acho que estamos evoluindo, vem o retrocesso ! Cansada de provar minha compete?ncia diariamente, pelo simples fato de eu ser MULHER! Um “estudo” publicado no Journal of Vascular Surgery sugere que ME?DICAS e fotos de biqui?ni na?o sa?o “combinac?a?o profissional”, como a mi?dia pessoal com “trajes de banho”, fotos segurando bebidas alcoo?licas, “comenta?rios inapropriados” utilizados podem afetar escolhas me?dicas de futuros pacientes. Um detalhe de extrema importa?ncia e? que esse “estudo” foi liderado por homens! Inacredita?vel um artigo desses ser aprovado e publicado ! Isso so? mostra a necessidade da desconstruc?a?o do machismo ! Que deve ser uma luta dia?ria! No?s NA?O aceitaremos mais essas analogias ! Na?o nos calaremos! Postar foto de biqui?ni na?o diminui o nosso conhecimento ! Na?o nos torna menos qualificadas por isso! Em qualquer a?rea laboral! Era pra ser algo ta?o o?bvio… Pore?m, vemos como a sociedade e? machista, com ideias limitantes, milenares e tem uma necessidade, a todo o momento, de desqualificar a mulher, buscando motivos descabidos. Quantas vezes ja? passamos por situac?o?es constrangedoras no ambiente de trabalho? Situac?a?o de inferioridade ? De objetificac?a?o? Pelo simples fato de sermos mulheres ?! Lutamos ha? anos para desconstruir esses estigmas sociais que nos foi imposto. E? inconcebi?vel que uma pesquisa dessas seja realizada! #medica #medicadebiquini #medbikini #med #feminismo #igualdade #igualdadedegenero
A post shared by Carol ? (@carolineveronic) on Jul 27, 2020 at 6:59pm PDT
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A verdade: por tra?s de um jaleco existe uma pessoa com sentimentos, hobbies, defeitos, relacionamentos, fami?lia e pode gostar de sair pra danc?ar ou ainda tomar um vinhozinho de vez em quando (?????). Foi uma pesquisa infeliz (acho que esta? faltando temas pra pesquisar no meio cienti?fico) e uma escolha mais infeliz ainda a do Journal of Vascular Surgery em publicar um artigo atrelando caracteri?sticas como uso de biquini, roupas justas (dando e?nfase a?s mulheres), consumo de bebidas alcoo?licas nas redes sociais, com a compete?ncia de profissionais da sau?de. E? muita hipocrisia. Em que ano no?s estamos mesmo? Tem coisa mais linda do que o amor pro?prio? Do que vestir uma roupa e se achar linda? Tem coisa melhor do que a liberdade de poder ser voce? mesmo com todas as suas qualidades e defeitos sem estar sempre se preocupando com o que os outros va?o pensar? (desde que respeitando o limite do outro, e? claro). Alia?s, trabalho com a auto-estima das pessoas diariamente e ajudar as pessoas a se amarem e? uma das minhas misso?es. Na?o tenho foto de biquini mas a atividade fi?sica e? meu hobby, meu momento de desligar de tudo e extravasar as energias, enta?o esta? valendo ?. A minha roupa ou meu vinhozinho do final de semana na?o anulam a minha E?TICA, o meu RESPEITO, a minha RESPONSABILIDADE e o meu COMPROMETIMENTO com a minha profissa?o. #medbikini
A post shared by Dra. Larissa De?bora Meurer (@dralarissameurer) on Jul 29, 2020 at 5:14pm PDT
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Esse na?o e? um assunto fa?cil. Apo?s a pole?mica do #medbikini, na?o pude me calar. Como mulher, como profissional, como advogada. Explico. O Journal of Vascular Surgery publicou um estudo onde pesquisadores analisaram o perfil de mais de 200 me?dicos (homens e mulheres) e conclui?ram como sendo “comportamento antiprofissional” a postagem de fotos de biqui?ni, entre alguns outros. A pesquisa era sobre os profissionais da sau?de e a hashtag passou a circular por todo o Brasil em forma de protesto. Mas o debate vai ale?m da profissa?o. Como operadora da justic?a e do direito na?o posso me conformar em conviver numa sociedade onde e? ANTIPROFISSIONAL postar foto de quem voce? e?. Eu digo diariamente pra voce?s que uma profissa?o, um meio, que te LIMITE e te impec?a de ser voce?, de postar a foto que VOCE? QUISER, na?o e? um meio que voce? deve estar. E? um meio que te oprime. Como mulher, sou subestimada todos os dias na minha profissa?o de advogada. Sou subestimada pela forma informal de falar quando na?o estou em audie?ncia. Por usar biquini, por ir a shows, por gostar do carnaval, ou apenas por ser mulher e jovem! EXPLIQUE PARA A SOCIEDADE O MOTIVO DE A SUA ROUPA NA?O MEDIR SUA COMPETE?NCIA. Na?o somos objetos pra ser piada nos grupos de homens que usam nossas fotos para diminuir nosso papel de profissional, como a @dentistamedica postou perfeitamente. Seja voce?. NA?O se deixe ser limitada. Lute, mulher! Voce? na?o esta? so?. Na?o se cale!!
A post shared by Gabizinha | Advogada/AL (@gabizinhatavares) on Jul 29, 2020 at 4:17pm PDT
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