“Camila Mendes (Kéfera Buchmann) é uma popstar arrogante, que busca o sucesso a todo custo. Prestes a lançar uma nova música, ela é surpreendida em casa pela visita de sua fã número 1 (Estrela Straus), que insiste em tirar uma selfie com ela. O que Camila não esperava era que tal situação a levasse de volta à adolescência, quando sofria bullying de praticamente todos no colégio. Seu único amigo é Cabeça (João Côrtes), que tenta ajudá-la a encontrar seu verdadeiro eu, já que só assim conseguirá voltar à sua realidade.”
Uma artista de sucesso e super famosa, Camila Mendes (Kéfera Buchmann), assim como em todo filme com viagem no tempo, se vê presa em seu passado adolescente de 2004, e parte em busca de algo que a traga de volta para seus dias atuais, com glamour e fama.
É ligeiramente desconfortável ver a atuação da Kéfera como adolescente que não se encaixa nos padrões da época, li algumas entrevistas, e ela mesma disse como foram anos difíceis e sobre o bullying que sofria, mas no filme acaba sendo exposto de uma maneira tão forçada, que quando Camila acha que a chave para voltar ao presente, é ela ser popular no colegial, acaba sendo um alívio (não que melhore muito).
É engraçado ver o quanto as coisas mudaram nos últimos 15 anos, e ver piadas com coisas que são obsoletas: videolocadoras, celulares com o famoso jogo da cobrinha, e até mesmo as músicas da época (Rouge, Pitty), tudo isso cria um clima nostálgico bem interessante.
O excesso de palavrões é outro problema no longa, pois surgem a toda hora e sempre de uma maneira extremamente forçada, fora essa obsessão doentia com a fama e a popularidade na escola.
As relações familiares são rasas, sabe-se que há um problema ou outro, mas não há desenvolvimento e muito menos um final que amarre com a história em si, coisa que pra mim deveria ter sido melhor abordada, pois não vemos e nem temos uma explicação para não ter o pai, não se entende qual o problema de Camila Mendes com a mãe, e ainda há a doença de seu avô, que foi colocada num segundo plano tão grande, que não faria a menor diferença se não tivesse sido mencionada.
Em filmes “parecidos”, como por exemplo De Repente 30, a graça é ver uma adolescente agindo no corpo de adulto, é esperado ver o choque de realidade e o amadurecimento, certo? Bom, já que em Eu Sou Mais Eu o caso é o contrário (uma adulta no corpo de uma adolescente), era esperado ver um pouco mais de maturidade, e pode-se dizer que ela passou bem longe. Tirando alguns traços como timidez, e aparência física, Camila Mendes não evoluiu em absolutamente nada nesses 15 anos retratados no filme, mesmo próximo ao final, depois de tudo se resolver, não dá pra ver nenhuma evolução.
Resumindo, é um bom filme de sessão da tarde, mas sem muito propósito, apenas um apanhado de piadas sobre tudo que mudou de 2004 até os dias de hoje.
Assista ao trailer:
Data de lançamento: 24 de janeiro de 2019
Duração: 1h 38min
Direção: Pedro Amorim
Elenco: Kéfera Buchmann, Giovanna Lancellotti, João Côrtes
Gênero: Comédia
Distribuidora: Imagem Filmes