Aconteceu, nesta quarta-feira, dia 14, a cerimônia do 18º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, no Teatro Municipal de São Paulo. Ou seja, a primeira versão que não ocorreu no Rio de Janeiro. A premiação mais importante do cinema nacional foi marcada por discursos fortes em defesa do audiovisual do país. Isso se deve principalmente devido às contantes ameaças do governo direcionadas à sétima arte e a Ancine, agência que controla as produções do país.

Além dos discursos, a noite mostrou também que o cinema brasileiro vive um de seus melhores momentos da história. Foram indicadas excelentes obras como: “Benzinho”, de Gustavo Pizzi, “O Beijo no Asfalto”, de Murilo Benício, “O Animal Cordial”, de Gabriela Amaral Almeida, “As Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra, entre outros.

Apesar de ser massivamente criticado pela crítica nacional, “O Grande Circo Místico”, de Cacá Diegues, saiu como o maior vencedor da noite ao lado de “Benzinho”. Foram seis prêmios, sendo cinco deles em categorias técnicas. Já “Benzinho”, teve cinco dos seis em categorias principais, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção (Gustavo Pizzi) e Melhor Atriz (Karine Teles).

A premiação também contou com duas categorias de filmes estrangeiros: Melhor Longa-Metragem Estrangeiro e Melhor Longa-Metragem Iberoamericano. O primeiro ficou com Infiltrado Na Klan, de Spike Lee, enquanto o segundo foi vencido por “Uma noite de 12 anos” (Argentina, Espanha, Uruguai), de Álvaro Brechner.

Veja todos os premiados do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro:

MELHOR LONGA-METRAGEM FICÇÃO 
“Benzinho”, de Gustavo Pizzi

MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO 
“Ex pajé”, de Luiz Bolognesi

MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL  
‘Detetives do Prédio Azul 2 — O mistério italiano’, de Viviane Jundi

MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA 
‘Minha vida em Marte’, de Susana Garcia

MELHOR DIREÇÃO 
Gustavo Pizzi, por ‘Benzinho’

MELHOR ATRIZ 
Karine Teles, por ‘Benzinho’

MELHOR ATOR 
Stepan Nercessian, por ‘Chacrinha: O Velho Guerreiro’ (de Andrucha Waddigton)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE 
Adriana Esteves, por ‘Benzinho’

MELHOR ATOR COADJUVANTE 
Matheus Nachtergaele, por ‘O nome da morte’ (de Henrique Goldman)

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA 
Gustavo Hadba, ABC, por ‘O Grande Circo Místico’

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL 
Karine Teles e Gustavo Pizzi, por ‘Benzinho’

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO 
Cacá Diegues e George Moura, por ‘O Grande Circo Místico’

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE 
Artur Pinheiro, por ‘O Grande Circo Místico’

MELHOR FIGURINO 
Kika Lopes, por ‘O Grande Circo Místico’

MELHOR MAQUIAGEM 
Catherine Leblanc Caraes e Emmanuelle Fèvre, por ‘O Grande Circo Místico’

MELHOR EFEITO VISUAL 
Marcelo Siqueira, ABC e Thierry Delobel, por ‘O Grande Circo Místico’

MELHOR MONTAGEM FICÇÃO 
Livia Serpa, por ‘Benzinho’

MELHOR MONTAGEM DOCUMENTÁRIO 
Gustavo Ribeiro e Rodrigo de Oliveira, por ‘Todos os Paulos do Mundo’

MELHOR SOM 
Jorge Saldanha, Armando Torres Jr., ABC, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima e Renan Deodato, por ‘Chacrinha: O Velho Guerreiro’

MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL 
Elza Soares e Alexandre Martins, por ‘My name is now’

MELHOR TRILHA SONORA 
Zeca Baleiro, por ‘Paraiso Perdido’ (de Monique Gardenberg)

MELHOR LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO 
‘Infiltrado na Klan/  Blackkklansman’ (EUA), de Spike Lee.

MELHOR LONGA-METRAGEM IBERO-AMERICANO 
‘Uma noite de 12 anos’ (Argentina, Espanha, Uruguai), de Álvaro Brechner.

MELHOR LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO – MENÇÃO HONROSA 
‘Peixonauta — O filme’, de Celia Catunda, Rodrigo Eba e Kiko Mistrorigo

MELHOR CURTA-METRAGEM ANIMAÇÃO 
‘Lé com Cré’, de Cassandra Reis

MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO 
‘Cor de pele’, de Livia Perini

MELHOR CURTA-METRAGEM FICÇÃO 
‘O órfão’, de Carolina Markowicz

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA DE ANIMAÇÃO 
‘Irmão do Jorel’, de Juliano Enrico

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA DE DOCUMENTÁRIO 
‘Inhotim — arte presente’, de Pedro Urano

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA DE FICÇÃO  
‘Escola de gênios’ (1ª temporada), de Ângela Fabri

MELHOR LONGA-METRAGEM FICÇÃO – VOTO POPULAR 
‘Chacrinha: O Velho Guerreiro’, de Andrucha Waddington.

MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO – VOTO POPULAR 
‘My name is now’, de Elizabete Martins Campos

MELHOR LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO – VOTO POPULAR 
‘Nasce uma estrela’ (EUA), de Bradley Cooper.

MELHOR LONGA-METRAGEM IBERO-AMERICANO – VOTO POPULAR 
‘Uma noite de 12 anos’ (Argentina, Espanha, Uruguai), de Álvaro Brechner.