“Moonage Daydream” é o novo documentário sobre a vida do cantor, ator e artista David Bowie, dirigido por Brett Morgen, e exibido no Festival de Cannes deste ano.
O filme está disponível nos cinemas.
É bom?
“Moonage Daydream” entende o seu protagonista e a impossibilidade de desvendá-lo por completo.
Brett Morgen faz de seu novo documentário um ser em constante transformação. Formas, cores, imagens, sons se modificam e geram uma experiência sensorial. Ora por meio do corte, ao inserir falas de Bowie, trechos de shows, filmes que ele participou ou obras de vanguarda, ora buscando mesmo uma imagem mais abstrata que vai passando de uma forma a outra.
Nada disso é aleatório, já que a obra tem toda uma preocupação não só de falar sobre Bowie, mas de colocá-lo no contexto artístico. Um artista de vanguarda, sem medo de mudar, sempre se deixando levar por seus impulsos e vontades, moldando o seu público e não sendo moldado por ele.
Nesse contexto, a obra fala sobre a arte em si. Essa ideia de uma arte que nunca será compreendida completamente, por mais que teóricos tentem explicá-la e grandes empresas busquem dominá-la. A arte pode ser tudo, sem regras, sem amarras. Assim como Bowie.
Dessa forma, “Moonage Daydream” é fascinante por entender que é impossível controlar seu biografado. Não dá para compreender Bowie, no máximo admirá-lo, fascinar-se com essa figura talentosa e em constante mutação.
Nota:
Assista à minha crítica em vídeo:
Assista ao trailer:
Ficha Técnica:
Título original: Moonage Daydream
Data de lançamento: 15 de setembro de 2022
Direção: Brett Morgen
Elenco: David Bowie
Gêneros: Documentário
Nacionalidade: EUA