Você já ouviu falar na expressão: Friends with Benefits (ou em uma tradução para o português, Amigos com Benefícios ou Amizade Colorida)?
Basicamente, é um tipo de relacionamento em que além da amizade, existe interação ou intenção sexual; as pessoas não estão em um compromisso, porém, são dois amigos que decidem manter uma relação sem obrigatoriedade de compromisso ou de fidelidade, é apenas sexo.
Em exemplo ao filme Friends with Benefits, lançado em 2011, a comédia romântica protagonizada por Justin Timberlake e Mila Kunis conta a respeito de um casal de amigos que vivem uma amizade colorida com base em um pacto entre eles: satisfazer a carência sexual de ambos, sem se deixarem envolver emocionalmente.
Já trazendo para o mundo real, será boa ideia ter relações sexuais com um amigo? Fazer amor com um amigo prejudica ou reforça a amizade?
Um verdadeiro amigo é um confidente que está sempre por perto, conhece-nos bem e compreende-nos como mais ninguém compreende. Mas a fronteira da amizade por vezes esbarra no momento da atração, física ou não, entre ambos. É quando certas amizades ficam em jogo.
A tendência para ser “amigos com benefícios” não se baseia no acaso. Esta é uma escolha real, ligada ao desejo de ter um parceiro sexual, como uma garota de programa, mas com o objetivo de se tornar algo mais regular. Uma relação sem as limitações de um casal e sem as reviravoltas de sentimentos profundos, parece ser uma boa ideia à primeira vista, e é por isso que a prática continua acontecendo até os dias de hoje e sendo cada vez mais popular entre amigos.
No fundo, a intenção continua a mesma: Se relacionar com alguém que você se sinta bem. Mas nesses casos a regra é clara: não deverá existir apego amoroso e muito menos o sentimento de obrigação ou responsabilidade. Todos devem sentir-se livres!
No entanto, existe uma grande diferença entre fazer sexo com um amigo de uma forma casual e ou fazê-lo de uma forma planejada.
No primeiro caso pode acontecer que dois amigos percam o controle devido a diferentes fatores, tais como o desejo de sexo, o álcool, o ambiente em que estão ou até mesmo “um momento de fraqueza”, como alguns justificariam.
No segundo caso, ao o fazerem de forma planejada, ambos sabem que não precisam de álcool ou outros fatores que proporcionem esse desejo. Sabem que existe atração, sedução e desejo sexual entre eles e decidem iniciar uma relação sem os tais laços emocionais.
Sexo com um amigo pode prejudicar ou reforçar a amizade?
O sexo só fortalece a amizade se ambos os amigos se conhecerem bem, se respeitarem mutuamente e estiverem habituados a falar sem rodeios.
A situação é completamente diferente quando as pessoas não se conhecem tão bem.
Se o sexo for com um verdadeiro amigo, o mais importante para vocês será não prejudicar essa amizade caso tenham algum problema com o outro fator. Criar uma boa amizade leva o seu tempo, por isso vocês devem pensar cuidadosamente antes de tentar uma abordagem física um com o outro, pois pode ofender o amigo e até mesmo arruinar a amizade. Além disso este amigo pode não olhar para você da mesma forma no dia seguinte, pode sentir-se constrangido ou até mesmo descobrir que está apaixonado e as consequências podem ser complicadas de lidar.
Por isso, a melhor forma de evitar problemas é alinhando as expectativas de ambos. É sempre bom ter uma conversa sincera já na primeira fase, para que ninguém se confunda. O papo precisa expor, principalmente, o que se espera do relacionamento alternativo. Quanto mais claro, maior a chance de fluir da forma esperada.
Havendo respeito e transparência no que se procura, ir para a cama com um amigo não tem de ser visto como algo problemático. Por outro lado, se há sentimentos envolvidos, é preciso ser muito mais cuidadoso.
Sinceridade acima de tudo: e se o sentimento começar a mudar, é preciso comunicar ao outro.
O risco da paixão
Como em qualquer relacionamento, a comunicação é a chave para manter o bom senso. Se não se sente à vontade para falar abertamente com o seu companheiro de cama, então deverá repensar as suas atitudes. É uma questão de “estar na mesma onda” e de haver reciprocidade entre o desejo de sexo ou o desejo de amar, já que o amor e a amizade são, em muitos aspetos, sentimentos muito próximos, de tal forma que se pode acabar confundindo-os.
Não mandamos no coração. É possível que um se apaixone, já que existe uma relação de amizade, carinho, cumplicidade e admiração. Aliando tudo isso a uma química sexual maravilhosa, a chance de se transformar em algo a mais é enorme. Se for mútuo, ótimo! É bem provável que vire namoro! O problema é quando o sentimento não é recíproco.
Se um dos dois se apaixonou, mas o outro não, a situação se torna muito delicada. Cabe aos dois encararem uma conversa sincera, aberta, a fim de decidirem o que fazer.
“Amizade colorida não deve ter sofrimento.”
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