“Triângulo da Tristeza” é o novo filme satírico de Ruben Ostlund que venceu a Palma de Ouro de Cannes este ano e está indicado ao próximo Globo de Ouro.
O filme entrará nos cinemas em 2023.
É bom?
“Triângulo da Tristeza” é Ruben Ostlund se colocando em uma posição de superioridade em relação ao espectador e seus personagens.
Ostlund, que venceu a Palma de Ouro pela segunda vez, tem uma capacidade gigante de criar momentos marcantes. Foram muitos em “Força Maior”, o do símio em “The Square” e agora a hilária sequência do jantar em “Triângulo da Tristeza”. É uma pena que esse é o único momento que o cineasta parece se divertir junto aos seus personagens. No restante, ele está mais preocupado em ironizar o óbvio e até criar discursos perigosos, como o presente na última cena do filme.
Vemos então, mais de duas horas de personagens estúpidos que representam várias facetas dessa elite que compõe uma sociedade de aparências, mas que quando jogados em uma situação de desconforto mostram o seu lado mais terrível.
Algumas risadas até parecem pelo caminho, mas fica muito difícil não se indignar com essa certa prepotência de Ostlund que parece crescer a cada filme. Essa posição de se achar o gênio que sabe tudo sobre a sociedade, como se só ele fosse capaz de retratar da forma mais explicadinha possível como funciona o mundo. No final, é só óbvio mesmo.
Nota:
Assista à minha crítica em vídeo:
Assista ao trailer:
Ficha Técnica:
Título original: Triangle of Sadness
Data de lançamento: Ainda sem data
Direção: Ruben Ostlund
Elenco: Woody Harrelson, Dolly de Leon, Harris Dickinson
Gêneros: Sátira
Nacionalidade: EUA/Suécia